O ministro das Cidades, Jader Filho, confirmou que o programa habitacional do governo federal, Minha Casa, Minha Vida, terá uma nova seleção de beneficiários em 2025. Durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira (18) o ministro destacou que os recursos necessários já estão disponíveis na conta da Caixa Econômica Federal. Essa medida busca garantir que não ocorram atrasos nos pagamentos, permitindo maior agilidade na entrega de moradias.
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Entenda sobre os reajuste das faixas de renda do Minha Casa, Minha Vida
A meta do governo é entregar 2 milhões de unidades habitacionais até 2026, último ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o governo espera reforçar o compromisso com a ampliação do acesso à moradia para famílias de baixa renda, especialmente em um cenário de alta demanda habitacional. Uma das principais novidades para 2025 é o reajuste nas faixas de renda do programa, ampliando o número de famílias elegíveis para participar. O governo Lula aumentou os limites das faixas 1 e 2, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União em 9 de agosto de 2024.
Faixas de renda e condições de participação
Com essa nova fase, o Minha Casa, Minha Vida segue como um dos principais instrumentos de inclusão social e desenvolvimento econômico no Brasil, alinhado às prioridades da gestão Lula de redução das desigualdades e promoção de moradia digna para todos.
Na faixa 1, que é voltada para famílias de menor renda, o teto de renda familiar foi ajustado de R$ 2.640 para R$ 2.850. Já na faixa 2, o valor subiu de R$ 4.400 para R$ 4.700. Essas mudanças são parte de um esforço para expandir o acesso ao programa e garantir que mais famílias possam ser beneficiadas pelos subsídios oferecidos. Atualmente, o Minha Casa, Minha Vida está organizado em três faixas de renda, cada uma com subsídios e condições específicas de financiamento. Veja como ficaram os novos limites de renda familiar mensal para participar do programa:
- Faixa 1: Até R$ 2.850 de renda familiar;
- Faixa 2: Até R$ 4.700 de renda familiar;
- Faixa 3: Até R$ 8.000 de renda familiar.
As famílias com menor renda, enquadradas na faixa 1, são as que recebem os maiores subsídios do governo. Além disso, elas também têm acesso às menores taxas de juros no financiamento habitacional. Já as famílias com renda superior, na faixa 3, recebem subsídios menores e enfrentam taxas de juros mais elevadas.
Taxas de juros por faixa de renda
Outro aspecto que influencia diretamente o valor final do financiamento é a taxa de juros, que varia de acordo com a faixa de renda em que a família está enquadrada. As condições são as seguintes:
- Faixa 1: Taxa de juros entre 4% e 5% ao ano;
- Faixa 2: Taxa de juros entre 4,75% e 7% ao ano;
- Faixa 3: Taxa de juros entre 7,66% e 8,16% ao ano.
Com essas condições, o programa se torna uma das opções mais atrativas para famílias que buscam adquirir sua casa própria, especialmente para as que se encontram nas faixas de menor renda, onde o apoio governamental é mais expressivo.
Previsão de entrega de 2 milhões de moradias até 2026
A gestão atual do programa Minha Casa, Minha Vida tem uma meta ambiciosa: entregar 2 milhões de moradias até o final de 2026. Segundo Jader Filho, essa previsão é um compromisso do governo Lula com a inclusão social e a redução do déficit habitacional no Brasil.
Para garantir o cumprimento dessa meta, o governo federal já transferiu os recursos necessários para a Caixa Econômica Federal, banco responsável por operacionalizar o programa. Isso evita atrasos nos pagamentos e na construção das novas moradias, assegurando que as obras sigam um cronograma adequado.
O impacto do Minha Casa, Minha Vida na economia e na vida das famílias
Desde sua criação, o Minha Casa, Minha Vida tem sido uma peça-chave na política habitacional do Brasil. Além de reduzir o déficit de moradias, o programa movimenta a economia, especialmente o setor de construção civil. Ao fornecer subsídios e condições facilitadas de financiamento, o governo também busca diminuir as desigualdades sociais, permitindo que famílias de baixa renda conquistem o sonho da casa própria.
As novas faixas de renda e a nova seleção em 2025 devem fortalecer ainda mais o impacto do programa, possibilitando a entrada de um número maior de beneficiários. Para muitas famílias, essa pode ser a oportunidade de sair do aluguel ou de viver em condições de maior dignidade.