O governo federal anunciou a extensão do prazo para o saque de recursos “esquecidos” nas instituições financeiras por mais seis meses. Essa decisão surge após o término do prazo original, que permitia a retirada de até R$ 8,6 bilhões que estão parados em bancos, consórcios e outras entidades. Pessoas físicas e empresas que ainda não recuperaram esses valores têm uma nova oportunidade para reivindicá-los, conforme o edital a ser publicado pelo Ministério da Fazenda.
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Sistema de Valores a Receber: uma nova chance para recuperar o dinheiro

O Sistema de Valores a Receber (SVR), mantido pelo Banco Central, permite que indivíduos, empresas, e até aqueles já falecidos, verifiquem se possuem algum valor “esquecido” nas instituições financeiras. Se os recursos não forem solicitados dentro de um prazo de 25 anos, eles serão incorporados ao patrimônio da União.
O que acontece com os valores não sacados?
Se o dinheiro não for reivindicado dentro do período de 25 anos, ele será transferido para a conta única do Tesouro Nacional. Esses recursos serão usados para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de setores econômicos e municípios, conforme decisão do Congresso Nacional.
Importante destacar que esse processo não configura um confisco, como reforçado pelo governo. Os valores serão disponibilizados novamente caso seus proprietários os solicitem antes de expirar o período determinado.
Publicação de edital com orientações
O Ministério da Fazenda publicará um edital que incluirá detalhes sobre os valores “esquecidos”, como:
- Instituição onde o depósito foi realizado;
- Natureza do depósito;
- Agência e número da conta.
Procedimento para contestação dos valores
Após a publicação do edital, os proprietários dos valores terão 30 dias para contestar o recolhimento do dinheiro. Para fazer isso, será necessário entrar em contato diretamente com as instituições financeiras responsáveis. Esse procedimento é obrigatório para assegurar o direito de reivindicar os recursos antes de serem incorporados ao patrimônio público.
Dinheiro ‘esquecido’: um montante significativo
Até o momento, o Banco Central e o Ministério da Fazenda ainda não divulgaram o valor total que precisa ser recuperado pelos cidadãos e empresas. Dos R$ 8,6 bilhões disponíveis até o dia 16 de outubro, cerca de R$ 6,62 bilhões pertencem a pessoas físicas e R$ 1,97 bilhão a empresas.
Consultar valores a receber
A consulta dos valores pode ser feita diretamente no Sistema de Valores a Receber (SVR), por meio do site oficial do Banco Central. O procedimento é simples:
- Acessar o site do SVR.
- Clicar na opção “Consulte valores a receber”.
- Preencher os campos com os dados solicitados.
- Verificar se há valores disponíveis.
Se houver saldo disponível, o usuário deve seguir as instruções e clicar em “Acessar o SVR” para prosseguir com a recuperação do valor.
Importância do resgate
Essa extensão de prazo vem como uma nova oportunidade para os correntistas recuperarem valores que podem estar parados sem conhecimento. Em muitos casos, os valores são pequenos e podem passar despercebidos, mas somados, representam um total significativo para a economia.
Consequências para a economia nacional
A recuperação desses recursos pode beneficiar diretamente milhões de brasileiros, especialmente em um momento de dificuldades econômicas. Além disso, ao transferir os valores não recuperados para o Tesouro Nacional, o governo consegue financiar a continuidade de políticas públicas, como a desoneração da folha de pagamento para setores estratégicos.
Conclusão
A extensão de seis meses para o resgate de dinheiro “esquecido” em bancos é uma medida importante que beneficia tanto os cidadãos quanto o governo. Com a prorrogação do prazo, há uma nova chance de reivindicar os valores antes que eles sejam transferidos para o Tesouro Nacional. Ficar atento ao edital do Ministério da Fazenda e realizar a consulta no Sistema de Valores a Receber é essencial para garantir que nenhum valor seja perdido.