Uma nova mudança surpreendeu os microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. A Receita Federal anunciou que, a partir de 2026, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) terá um novo formato, incluindo letras e números. Essa medida visa assegurar que nunca faltem números de identificação para as empresas e aumentar a segurança nos cadastros empresariais.
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O que muda para o MEI?
Com o crescente número de MEIs no país, a quantidade de CNPJs emitidos também aumentou de forma expressiva. Para garantir que as combinações de CNPJ sejam suficientes para o futuro e evitar um possível esgotamento, a Receita Federal criou um novo sistema para o CNPJ, que terá características diferentes a partir de 2026. Veja como será essa mudança:
Novo formato do CNPJ
- A partir de julho de 2026, o CNPJ contará com 14 caracteres, incluindo uma combinação de letras e números.
- A estrutura será dividida da seguinte forma:
- Oito primeiros caracteres: formados por uma combinação de letras e números, que identificará a empresa de forma única.
- Quatro caracteres seguintes: outra combinação de letras e números que indicará a ordem do estabelecimento.
- Dois últimos caracteres: continuarão como os tradicionais dígitos verificadores, garantindo a autenticidade do número.
Segurança e aumento nas combinações
Essa alteração visa aumentar a segurança dos dados e evitar fraudes, pois a inclusão de letras torna o número de CNPJ mais complexo. Além disso, o novo formato garante uma maior quantidade de combinações, permitindo que mais CNPJs sejam gerados sem a necessidade de ajustes futuros.
Motivo da mudança no CNPJ do MEI
De acordo com a especialista em contabilidade Laura Alvarenga, consultada pelo portal FDR, a Receita Federal implementou a nova regra para garantir que o número de CNPJs não se esgote com o crescimento contínuo de MEIs. O mercado brasileiro vem registrando, cada vez mais, a formalização de pequenos empreendedores, e a medida busca adaptar o sistema de identificação empresarial à demanda atual e futura.
Essa mudança, além de fornecer um sistema mais seguro, torna as combinações praticamente infinitas. Dessa forma, novos registros continuarão a ser realizados sem restrições e sem a necessidade de alterar os números dos CNPJs que já estão ativos.
Impacto da mudança para os MEIs existentes
É importante destacar que a nova regra não afetará os CNPJs dos MEIs já registrados. Todos os números de CNPJ atualmente em uso permanecerão válidos e não precisarão ser modificados. Esse cuidado garante que os empreendedores não enfrentem burocracias adicionais para adequar-se às novas normas e preserva o histórico de identificação das empresas.
Para os microempreendedores já formalizados, essa mudança é essencialmente administrativa e será aplicada apenas a novos registros. Os MEIs existentes podem continuar operando com seus CNPJs sem a necessidade de adequação, já que seus números permanecem válidos.
Como será o CNPJ dos novos MEIs?
A partir de julho de 2026, todos os novos CNPJs emitidos no Brasil terão a combinação alfanumérica. Essa atualização não apenas aumentará a segurança dos cadastros, mas também permitirá que o número de registros continue crescendo conforme necessário, sem que o sistema atinja um limite de combinações.
Formalização sem complicações
Para os microempreendedores que planejam iniciar sua formalização nos próximos anos, a mudança não deve causar preocupações. O processo de registro seguirá normalmente e, com a nova estrutura, o procedimento de formalização permanece o mesmo, sem etapas adicionais.
Essa transição oferece a flexibilidade necessária para que o cadastro nacional de empresas atenda a demanda crescente, ao mesmo tempo em que protege a autenticidade dos dados empresariais.
Benefícios do novo formato de CNPJ para MEIs
A adoção do novo formato de CNPJ traz diversas vantagens, tanto para os novos MEIs quanto para o sistema nacional de cadastro de empresas:
1. Maior segurança na identificação empresarial
Combinando letras e números, o novo CNPJ se torna mais complexo e menos suscetível a fraudes, fortalecendo a segurança das informações empresariais. Esse é um ponto essencial para proteger os empreendedores e a integridade dos registros nacionais.
2. Expansão das possibilidades de combinações
O novo sistema de CNPJ aumenta a quantidade de combinações possíveis, evitando que o país enfrente um esgotamento de identificações. Esse ajuste permite a continuidade do crescimento do setor empresarial, especialmente para os MEIs, que representam uma fatia expressiva do empreendedorismo nacional.
3. Preservação dos CNPJs atuais
A Receita Federal garantiu que a mudança não obrigará os MEIs a reemitirem seus números de CNPJ. Isso elimina o risco de burocracias adicionais e, para os empreendedores que já possuem cadastro, simplifica o processo de adaptação às novas regras.
Conclusão: A nova regra e o futuro dos MEIs
A Receita Federal, ao implementar essa mudança no CNPJ, se antecipa às necessidades dos microempreendedores brasileiros e garante que o sistema de registro nacional se mantenha funcional e preparado para o futuro. Para o microempreendedor individual, essa transição não exigirá nenhuma ação imediata. Os MEIs já formalizados podem continuar a operar normalmente, sem nenhuma preocupação.
A partir de 2026, aqueles que decidirem formalizar seu empreendimento encontrarão o novo formato de CNPJ, com letras e números, mais seguro e moderno. Com a adaptação, a Receita Federal não apenas amplia as opções de registro para MEIs e outros empreendimentos, mas também fortalece o compromisso com a segurança e a integridade dos dados empresariais.
Essas mudanças, além de proteger os microempreendedores, mostram o compromisso do país em modernizar suas normas e se adequar ao crescimento contínuo de empresas. Portanto, os MEIs podem esperar um ambiente de negócios mais seguro e funcional, preparado para suportar o avanço do empreendedorismo no Brasil.