A criação de empregos formais no Brasil registrou uma marca significativa em setembro de 2024, com saldo positivo de 247,8 mil novas vagas, representando um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento reflete a recuperação econômica do país e a demanda por mão de obra em setores-chave como serviços, comércio e indústria. Com mais de 1,98 milhão de empregos formais criados nos primeiros nove meses do ano, o Brasil caminha para uma retomada mais sólida, impactando diretamente o mercado de trabalho e a economia nacional.
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Principais setores responsáveis pelo crescimento dos empregos formais
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) destaca o setor de serviços como o principal motor de geração de empregos no Brasil, seguido por comércio e indústria. Esses setores têm apresentado um desempenho robusto, impulsionado pela retomada do consumo e pelas políticas de incentivo ao emprego.
Setor de Serviços: Líder na geração de empregos
O setor de serviços é responsável por grande parte das novas contratações, especialmente nas áreas de saúde, educação, tecnologia e atendimento ao cliente. A expansão se deve à crescente demanda dos consumidores e à adaptação das empresas às mudanças trazidas pela digitalização e pelo mercado em constante evolução. A recuperação desse setor é essencial para o crescimento do emprego formal, uma vez que ele responde por uma parcela significativa da força de trabalho brasileira.
Comércio: Desempenho positivo impulsionado pelas festividades
O comércio também foi destaque no crescimento do emprego formal, especialmente em períodos de alta demanda, como Dia das Crianças e o início das compras de fim de ano. Esse aquecimento cria oportunidades para trabalhadores temporários e efetivos, reforçando o papel do comércio na economia.
Indústria e Construção Civil: Novos projetos e investimentos
Na indústria, o aumento das vagas foi liderado pela construção civil, impulsionada por novos empreendimentos habitacionais e investimentos em infraestrutura. Setores como produção de alimentos e bens de consumo também contribuíram significativamente para o saldo positivo, consolidando uma expansão da capacidade produtiva no setor industrial.
Para mais informações sobre a retomada do setor de serviços, confira nosso artigo sobre o crescimento do setor de serviços em 2024.
Distribuição regional e impacto econômico do emprego formal
A criação de empregos formais ocorreu de maneira distribuída pelo território nacional, com destaque para as regiões Sudeste e Sul, que concentram a maior parte das contratações. No entanto, outras regiões, como o Nordeste, também apresentaram saldo positivo, principalmente em atividades ligadas ao turismo e à agricultura. Esse crescimento regional equilibrado reflete um avanço nas oportunidades de emprego em diferentes áreas do país.
Sudeste e Sul: Motores da geração de empregos
As regiões Sudeste e Sul lideraram a criação de empregos, impulsionadas pela concentração de indústrias e polos de serviços. O aumento de vagas nestas regiões reforça a importância dos setores de tecnologia, saúde e comércio, que são essenciais para a economia local.
Nordeste: Desenvolvimento nas áreas de turismo e agricultura
O Nordeste, apesar de um crescimento mais modesto, obteve saldo positivo, especialmente nas atividades relacionadas ao turismo e à agricultura. Essa diversificação das atividades econômicas ajuda a equilibrar o mercado de trabalho e reduz as desigualdades regionais.
Impacto econômico do aumento de empregos formais
O crescimento do emprego formal tem impactos profundos na economia do país, influenciando tanto o mercado interno quanto a arrecadação de impostos. Os principais benefícios incluem:
- Aumento do poder de compra das famílias: Com mais pessoas empregadas formalmente, há um aumento no consumo, o que fortalece o mercado interno.
- Redução da informalidade: Empregos formais garantem direitos trabalhistas, como seguro-desemprego e FGTS, proporcionando mais estabilidade aos trabalhadores.
- Arrecadação de impostos: Com mais empregos formais, o governo arrecada mais, o que possibilita investimentos em áreas essenciais como saúde e educação.
Conheça também nossas análises sobre a influência do emprego formal na economia regional.
Desafios e perspectivas para o futuro do emprego formal no Brasil
Apesar dos resultados positivos, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta desafios. A recuperação econômica é desigual entre os setores e regiões, e há uma escassez de mão de obra qualificada em áreas como tecnologia e engenharia. Além disso, a inflação e o custo de vida continuam a impactar o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Necessidade de qualificação profissional
Um dos principais desafios é a falta de qualificação profissional em áreas específicas. Para enfrentar essa barreira, é essencial que o país invista em educação técnica e programas de capacitação que preparam a força de trabalho para as exigências do mercado atual.
Programas de incentivo e inovação tecnológica
Políticas de incentivo à inovação e ao desenvolvimento de novas tecnologias são essenciais para garantir a sustentabilidade do crescimento do emprego formal. Programas de incentivo ao empreendedorismo e desenvolvimento de startups são fundamentais para manter o ritmo de criação de empregos.
Veja nosso conteúdo sobre como a inovação tecnológica está transformando o mercado de trabalho aqui.
Cronologia dos avanços no mercado de trabalho em 2024
Para entender melhor a evolução da criação de empregos formais no Brasil, confira uma cronologia dos principais avanços ao longo de 2024:
- Janeiro a março: Incremento inicial na criação de empregos, impulsionado pela alta demanda nos setores de serviços e comércio.
- Abril a junho: Aumento significativo nas contratações na construção civil, impulsionado por novos projetos habitacionais e de infraestrutura.
- Julho a setembro: Crescimento no setor agrícola e expansão do mercado de tecnologia e telecomunicações, atraindo profissionais especializados.
Esses dados evidenciam um crescimento contínuo e promissor, com destaque para o último trimestre, quando o aumento da demanda sazonal ajudou a impulsionar o comércio e serviços.
Medidas para manter o crescimento do emprego formal no Brasil
Para que o crescimento do emprego formal continue, é necessário um compromisso do governo e do setor privado em fortalecer as bases econômicas e sociais do país. Algumas das medidas recomendadas incluem:
- Investimento em qualificação profissional: A capacitação contínua dos trabalhadores é essencial para atender à demanda de setores estratégicos.
- Fomento à inovação: Apoiar o desenvolvimento de startups e tecnologias emergentes é essencial para gerar novos empregos e impulsionar a economia.
- Políticas de incentivo ao setor produtivo: Incentivos fiscais e programas de financiamento para indústrias e comércio podem ajudar a fortalecer a base produtiva e criar mais empregos.
Considerações finais
O avanço na criação de empregos formais é um indicativo positivo para a economia brasileira, que mostra sinais de recuperação e crescimento. Setores como serviços, comércio e indústria desempenham papel fundamental nesse processo, mas o desafio de manter esse ritmo exige um esforço contínuo em qualificação e inovação.
Ao adotar políticas eficazes, o Brasil pode consolidar uma base econômica mais sólida e inclusiva, beneficiando trabalhadores e promovendo o desenvolvimento sustentável do país.
Para aprofundar-se no tema, confira também nossos artigos sobre:
- O papel do emprego formal na economia brasileira.
- A importância da qualificação profissional no mercado de trabalho.
Esses conteúdos complementam as discussões sobre o crescimento do emprego formal e os desafios futuros para o mercado de trabalho brasileiro.