Em um movimento para melhorar a qualidade do ambiente escolar e proteger os estudantes, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos portáteis nas escolas de educação básica, tanto públicas quanto particulares. A medida é válida inclusive durante intervalos e recreios, e busca proteger as crianças e adolescentes dos impactos negativos do uso excessivo de dispositivos móveis, como problemas de concentração e exposição a conteúdos impróprios.
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Entendendo a proposta e suas implicações
O texto aprovado é um substitutivo do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) ao Projeto de Lei 104/15, originalmente proposto pelo deputado Alceu Moreira (MDB-RS). Garcia também consolidou 13 outras propostas que abordavam o mesmo tema. O projeto de lei foi construído com base em estudos recentes sobre os impactos dos dispositivos eletrônicos na vida escolar, considerando tanto o desenvolvimento infantil quanto a saúde mental dos alunos.

Objetivo da proibição de celulares nas escolas
A proposta visa criar um ambiente de aprendizado mais focado e saudável, incentivando atividades que promovam a socialização e o desenvolvimento físico e cognitivo dos estudantes.
Razões para a proibição do uso de celulares
- Redução de distrações: O uso de celulares em sala de aula é uma das principais causas de perda de concentração e foco dos alunos.
- Proteção de crianças e adolescentes: Estudos indicam que o acesso irrestrito a conteúdos impróprios, como violência e drogas, é prejudicial ao desenvolvimento infantil.
- Promoção de atividades sociais: A ideia é que, sem o celular, os alunos se dediquem mais a interações presenciais, atividades físicas e ao aprendizado.
Garcia explica que a medida é uma resposta à crescente preocupação com o impacto dos dispositivos eletrônicos no comportamento e na formação dos jovens, especialmente na faixa etária que ainda não desenvolveu plena maturidade para discernir sobre o uso adequado desses aparelhos.
Exceções permitidas: acessibilidade e fins pedagógicos
Apesar da proibição abrangente, o projeto permite algumas exceções ao uso de celulares e dispositivos eletrônicos nas escolas, desde que para objetivos pedagógicos e de acessibilidade.
Uso pedagógico e orientação docente
O uso dos celulares poderá ser autorizado em sala de aula, mas apenas para fins didáticos e sob supervisão dos professores, garantindo que os dispositivos sejam usados exclusivamente como ferramentas de apoio ao aprendizado.
Como o uso pedagógico será permitido?
- Sob orientação dos professores: O uso de dispositivos para finalidades educacionais deve ser orientado e monitorado pelo docente responsável.
- Aplicativos de aprendizado: Ferramentas digitais que auxiliam no ensino de matérias, como matemática e ciências, serão permitidas, desde que controladas.
- Regras dos sistemas de ensino: Cada instituição, junto aos sistemas de ensino estaduais e municipais, definirá diretrizes para o uso adequado.
Exceções para acessibilidade e saúde
O projeto também inclui exceções para o uso de dispositivos móveis por alunos com deficiência e por aqueles que precisam de monitoramento de saúde, como os portadores de diabetes que precisam medir a glicemia com frequência.
Garantia de acessibilidade
- Inclusão de alunos com deficiência: Aplicativos e dispositivos móveis que facilitem a comunicação ou o aprendizado dos alunos com necessidades especiais poderão ser utilizados.
- Monitoramento de saúde: A lei contempla o uso de celulares e dispositivos para condições médicas específicas, como no caso de monitoramento de glicose para diabéticos.
Garcia destacou que o uso desses aparelhos para questões de acessibilidade é essencial para garantir um ambiente inclusivo nas escolas, promovendo igualdade de oportunidades para todos os alunos.
Impacto do uso excessivo de celulares na saúde mental
Uma das preocupações principais do projeto é o sofrimento psíquico e os riscos à saúde mental associados ao uso excessivo de dispositivos móveis, especialmente entre crianças e adolescentes. O projeto ressalta a importância de que as escolas abordem esses temas e preparem seus profissionais para lidar com os sinais de problemas relacionados ao uso de celulares.
Nomofobia e sofrimento psicológico
O uso descontrolado de celulares pode levar a quadros de nomofobia, que é a angústia causada pela ausência do dispositivo móvel, além de outros problemas psicológicos, como ansiedade e estresse.
Preocupações adicionais do projeto
- Exposição a conteúdos nocivos: O acesso a pornografia, violência e outros conteúdos impróprios é uma das grandes preocupações para crianças em idade escolar.
- Afastamento social: O uso excessivo de dispositivos pode prejudicar o desenvolvimento das habilidades sociais das crianças.
- Dependência de telas: A dependência digital é um problema crescente e pode interferir na capacidade de concentração dos jovens.
Capacitação de professores e acolhimento nas escolas
O projeto prevê que professores e outros profissionais da educação sejam treinados para identificar sinais de sofrimento psíquico decorrentes do uso exagerado de dispositivos eletrônicos. As escolas também deverão oferecer espaços de acolhimento e escuta, onde alunos e funcionários possam receber apoio psicológico.
Ações propostas para a saúde mental nas escolas
- Treinamento para detectar sinais de sofrimento: Professores serão capacitados para identificar comportamentos indicativos de estresse e ansiedade relacionados ao uso de dispositivos.
- Espaços de acolhimento: Salas de escuta e apoio psicológico estarão disponíveis nas escolas para atender alunos e funcionários em situação de sofrimento.
- Informações preventivas: As escolas deverão informar aos alunos sobre os riscos e sinais de problemas psíquicos, incentivando o uso consciente da tecnologia.
O próximo passo do projeto de lei
Após a aprovação pela Comissão de Educação, o projeto segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde será analisado em caráter conclusivo. Para que a proibição de celulares nas escolas se torne lei, a proposta precisará passar por votação tanto na Câmara quanto no Senado.
O caminho para a implementação
O projeto ainda precisa percorrer um longo caminho até se tornar realidade, mas sua aprovação inicial representa um passo significativo no debate sobre o papel da tecnologia na educação e no desenvolvimento infantil.
Etapas restantes
- Aprovação na CCJC: A Comissão de Constituição e Justiça analisará a proposta para garantir sua constitucionalidade.
- Votação em plenário: Após a CCJC, o projeto será votado pelos deputados e, se aprovado, seguirá para o Senado.
- Sanção presidencial: Se aprovado em ambas as Casas, o projeto será enviado ao presidente para sanção.
Conclusão: um olhar para o futuro da educação
A proibição do uso de celulares nas escolas públicas e particulares da educação básica é uma medida que visa proteger o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes. Ao incentivar a socialização e o aprendizado sem distrações, o projeto pretende construir um ambiente mais saudável e produtivo para as crianças e adolescentes. Embora o projeto ainda precise de aprovação final, a proposta já gerou discussões importantes sobre o papel da tecnologia na educação e sobre como equilibrar a acessibilidade com a proteção dos jovens.
Com o uso pedagógico e acessível de dispositivos como exceções à regra, a expectativa é que o projeto possa ajudar a desenvolver uma relação mais saudável dos estudantes com a tecnologia, ao mesmo tempo em que protege os mais jovens dos riscos do uso indiscriminado. Agora, resta acompanhar os próximos passos do projeto e sua recepção nas próximas etapas de aprovação.
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