As novas regras do Pix, que entram em vigor a partir de 1º de novembro, foram estabelecidas pelo Banco Central (BC) com o objetivo de garantir mais segurança nas transações digitais. O Pix, ferramenta que revolucionou o sistema de pagamentos no Brasil, será agora monitorado de forma mais rigorosa, com o intuito de proteger os usuários contra fraudes e promover uma experiência de uso mais segura e confiável.
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Objetivo das Novas Medidas: Mais Segurança para o Usuário
O Banco Central anunciou as mudanças em julho deste ano, proporcionando tempo para que as instituições financeiras se adaptassem e adotassem medidas de segurança adequadas. A partir de agora, tanto os usuários quanto as instituições financeiras terão que cumprir novos protocolos de segurança ao realizar e monitorar transações via Pix.
Principais Alterações nas Regras do Pix para Usuários
As novas regulamentações introduzem algumas mudanças significativas para os usuários, especialmente no que diz respeito ao limite de transações quando realizadas em dispositivos não cadastrados.
Limite de Transações para Novos Dispositivos
A partir de agora, caso um cliente troque de celular ou computador, o valor máximo permitido para uma transação via Pix será de R$ 200 por operação, com um limite diário de R$ 1.000. Esta medida visa reduzir a probabilidade de que fraudes sejam realizadas a partir de dispositivos não reconhecidos.
- Cadastro de Dispositivo Necessário: Para transações com valores superiores aos novos limites, será necessário que o usuário cadastre o novo dispositivo em sua instituição financeira. Esta medida é uma tentativa de dificultar o acesso de fraudadores, que frequentemente utilizam dispositivos desconhecidos para realizar golpes.
Impacto para Dispositivos já Cadastrados
Para usuários que já possuem dispositivos cadastrados e utilizam regularmente o Pix, não haverá mudanças nos limites de transação. Isso significa que apenas quem iniciar um Pix de um dispositivo não registrado estará sujeito às novas restrições.
Mudanças para Instituições Financeiras

Além das novas regras direcionadas aos usuários, as instituições financeiras também precisam implementar mudanças para reforçar a segurança do sistema. O Banco Central exige que as instituições sigam três novas diretrizes importantes para garantir maior controle sobre as transações.
1. Gerenciamento de Risco de Fraude
Agora, as instituições deverão adotar uma solução robusta de gerenciamento de risco de fraude, que contemple as informações de segurança armazenadas pelo Banco Central e permita a identificação de transações Pix que não sejam compatíveis com o perfil do cliente.
2. Informação aos Clientes sobre Cuidados com Fraude
As instituições financeiras também devem fornecer, em um canal de fácil acesso para os usuários, informações claras sobre os cuidados a serem tomados para evitar fraudes. Isso inclui dicas práticas para a segurança digital, como manter dispositivos atualizados e evitar compartilhar informações pessoais.
3. Verificação de Marcação de Fraude
Outra medida exigida é a verificação semestral da base de dados do Banco Central para checar se os clientes têm marcações de fraude. Caso um cliente seja identificado com um histórico suspeito, a instituição poderá aplicar medidas de segurança adicionais, como o encerramento do relacionamento ou a redução do tempo de autorização para transações.
Como as Novas Regras Afetam os Usuários do Pix
As mudanças nas regras do Pix afetam principalmente os usuários que costumam realizar transações em dispositivos diferentes, como computadores ou celulares de terceiros. Essa prática, agora sujeita a restrições, limita o valor das transferências, proporcionando um bloqueio adicional contra tentativas de fraudes.
Segurança e Conveniência: Um Equilíbrio Delicado
O Banco Central busca equilibrar a conveniência do Pix com a necessidade de segurança, principalmente em um contexto em que o número de transações realizadas via Pix cresce exponencialmente. Ao impor limites para dispositivos não cadastrados, o Banco Central pretende desestimular práticas inseguras, como o uso de aparelhos desconhecidos para movimentações financeiras, ao mesmo tempo em que mantém a facilidade e a rapidez das transações para quem usa dispositivos próprios e cadastrados.
Medidas Preventivas: Como se Proteger Contra Fraudes no Pix
Com o aumento das transações digitais e do uso do Pix, é essencial que os usuários adotem medidas preventivas adicionais para proteger suas contas. Veja algumas dicas importantes:
1. Utilize Dispositivos de Confiança
Ao realizar uma transação Pix, opte por utilizar sempre dispositivos próprios e cadastrados em sua conta. Evite ao máximo acessar contas bancárias ou realizar transações financeiras em dispositivos de terceiros ou desconhecidos.
2. Configure a Autenticação em Duas Etapas
A autenticação em duas etapas é um recurso que adiciona uma camada extra de segurança às contas bancárias. Com ela, além da senha, um código adicional é enviado para o dispositivo do usuário, dificultando o acesso de pessoas não autorizadas.
3. Monitore Suas Transações
Fique atento a qualquer movimentação incomum em sua conta. Caso note algo suspeito, entre em contato com a instituição financeira para reportar a atividade e bloqueie imediatamente o acesso à sua conta.
4. Evite Compartilhar Informações Pessoais
A prática de não compartilhar informações pessoais, como senha e código de verificação, é uma das maneiras mais eficazes de se proteger contra fraudes. Essas informações nunca devem ser fornecidas a terceiros, mesmo que pareçam confiáveis.
O Papel das Instituições na Segurança do Pix
A responsabilidade de garantir a segurança do sistema de pagamentos não é apenas do usuário. As instituições financeiras também desempenham um papel essencial no combate às fraudes. A adoção de soluções de gerenciamento de risco e a implementação de novos protocolos de segurança são passos importantes na prevenção de fraudes e no fortalecimento da confiança do sistema Pix.
Soluções de Gerenciamento de Risco
Essas soluções tecnológicas, obrigatórias a partir de agora, permitem que as instituições identifiquem transações atípicas e que não se encaixem no padrão de movimentação do cliente. Com isso, as instituições podem bloquear ou solicitar confirmação para transações suspeitas, protegendo o usuário contra possíveis fraudes.
Canal de Informação ao Cliente
Ao fornecer informações claras sobre segurança para os clientes, as instituições financeiras contribuem para a conscientização e para a adoção de boas práticas pelos usuários, que estarão mais preparados para identificar e evitar tentativas de fraude.
Conclusão: O Que Esperar das Novas Regras do Pix
As novas regras do Pix representam um avanço significativo na proteção do usuário e na promoção de um ambiente digital mais seguro para transações financeiras. Com a implementação dessas mudanças, o Banco Central e as instituições financeiras esperam reduzir as taxas de fraudes e proporcionar uma experiência mais segura para os usuários do sistema Pix.
A adoção dessas novas diretrizes demonstra o compromisso do Banco Central com a segurança digital, oferecendo proteção adicional para os milhões de brasileiros que utilizam o Pix diariamente. Ao equilibrar conveniência e segurança, o Pix continua a ser uma ferramenta revolucionária, mas agora com um foco renovado na proteção do usuário.
Resumo das Mudanças no Pix a partir de 1º de Novembro:
- Limite de R$ 200 por transação e R$ 1.000 por dia em dispositivos não cadastrados.
- Necessidade de cadastro de novos dispositivos em caso de troca.
- Exigências de soluções de gerenciamento de risco para as instituições financeiras.
- Canal de informações sobre segurança acessível aos usuários.
- Verificação semestral da base de dados para marcações de fraude.
Com essas alterações, o Banco Central e as instituições financeiras estão se preparando para enfrentar um cenário digital cada vez mais desafiador, promovendo um uso do Pix seguro e confiável para todos.