O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou nesta quinta-feira (6) que a tecnologia utilizada no Pix pode facilitar a integração de sistemas de pagamento instantâneo em diferentes países. A declaração reforça a inovação do sistema brasileiro e seu potencial para transformação no cenário global de pagamentos.
O que foi anunciado
Segundo Galípolo, já existem condições tecnológicas para permitir a interconexão de pagamentos rápidos entre países. O Banco Central está estudando como o Pix pode ser adaptado para funcionar em sistemas internacionais, facilitando transferências instantâneas para usuários em diferentes nações.
Potencial de integração com outros sistemas
Diversos países têm desenvolvido sistemas de pagamento instantâneo similares ao Pix, como o FedNow nos Estados Unidos e o UPI na Índia. A ideia é criar mecanismos que permitam que esses sistemas conversem entre si, permitindo transações rápidas e seguras para transferências internacionais.
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Benefícios da expansão do Pix
Redução de custos em transferências internacionais
A integração do Pix com sistemas estrangeiros pode reduzir significativamente os custos das transferências internacionais. Atualmente, essas transações costumam envolver intermediários, como bancos e empresas de remessas, que cobram taxas elevadas. Com o Pix internacional, essas operações podem se tornar mais acessíveis.
Rapidez e eficiência
Diferentemente de transferências bancárias tradicionais, que podem levar dias para serem processadas, um Pix internacional poderia permitir que o dinheiro fosse transferido em segundos, sem burocracia ou processos demorados.
Segurança aprimorada
O Pix já utiliza tecnologia de ponta para garantir a segurança das transações, com mecanismos de autenticação e criptografia. A expansão para sistemas internacionais manteria esses padrões de segurança, tornando as transações ainda mais confiáveis.
Como o Pix pode se tornar global

Parcerias com bancos centrais
Para que o Pix seja integrado a outros sistemas, será necessária uma colaboração entre bancos centrais de diferentes países. Isso pode envolver acordos regulatórios e padrões comuns para garantir a compatibilidade entre os sistemas.
Testes e implementação
A transição para um Pix internacional pode ocorrer por meio de testes piloto em determinadas regiões antes de uma expansão global. O Banco Central do Brasil pode trabalhar em parcerias com países interessados para testar a viabilidade do modelo.
Uso de blockchain e novas tecnologias
Uma das opções para garantir uma maior integração entre sistemas é o uso de blockchain. Essa tecnologia descentralizada pode facilitar a interação entre diferentes moedas e sistemas bancários, garantindo mais transparência e segurança.
O impacto econômico da internacionalização do Pix
A expansão do Pix para pagamentos internacionais pode trazer vários impactos positivos para a economia brasileira:
- Facilidade para exportadores e importadores: Empresas que negociam com o exterior podem se beneficiar de pagamentos mais rápidos e baratos.
- Atração de investimentos: O Brasil pode se consolidar como referência em inovação financeira, atraindo mais investimentos internacionais.
- Inclusão financeira: Transferências mais baratas podem permitir que mais pessoas acessem serviços financeiros internacionais.
Desafios e próximos passos
Apesar do potencial, a implementação de um Pix internacional enfrenta desafios, como:
- Regulação e conformidade: Cada país possui legislações específicas para pagamentos, o que pode dificultar a padronização.
- Câmbio e taxas: Definir um mecanismo para conversão automática de moedas sem custos excessivos será essencial.
- Adoção por outras nações: O sucesso da internacionalização do Pix depende da adesão de outros países ao sistema.
Conclusão
A possibilidade de internacionalização do Pix representa um avanço significativo para o sistema financeiro brasileiro e global. Se implementado com sucesso, o Pix pode se tornar uma referência em pagamentos instantâneos, facilitando transações rápidas e seguras entre países. Com parcerias estratégicas e adoção de tecnologias inovadoras, o Brasil pode estar na vanguarda de uma nova era de pagamentos internacionais.