O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem sido uma ferramenta crucial para democratizar o acesso à educação superior no Brasil. Em 2025, o Sisu deu um passo importante ao registrar um aumento de 124% na aprovação de candidatos cotistas via ampla concorrência, em comparação com 2024.
Esse crescimento significativo reflete um esforço contínuo para corrigir distorções históricas no acesso ao ensino superior e garantir mais oportunidades para estudantes de grupos historicamente excluídos.
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Impacto do Aumento de 124% na Inclusão de Cotistas

Em 2025, 26.515 candidatos com perfil de cotistas foram aprovados na ampla concorrência do Sisu, marcando uma mudança positiva no cenário educacional. Em 2024, esse número era de apenas 11.806, o que mostra o progresso significativo da política de cotas no Brasil. Este crescimento não apenas ampliou o número de cotistas no ensino superior, mas também demonstrou que a política de cotas é uma ferramenta eficaz na correção das desigualdades educacionais.
Inclusão na Ampla Concorrência: Um Passo Importante
O aumento no número de cotistas aprovados na ampla concorrência mostra que mais estudantes com perfil de cotista estão alcançando as notas necessárias para ingressar nas universidades, sem precisar depender exclusivamente das vagas reservadas. Isso é um reflexo do fortalecimento das políticas públicas que incentivam o acesso à educação de qualidade para todos, independentemente de sua origem social ou étnica.
Reserva de Vagas para Quilombolas: Uma Conquista em 2024 e 2025
A inclusão de quilombolas no Sisu também tem se mostrado uma política importante no avanço da educação superior no Brasil. Em 2024, o Governo Federal iniciou a reserva de vagas específicas para esse grupo, o que teve impacto imediato. Em 2025, o número de quilombolas aprovados no Sisu aumentou em 70%, passando de 1.775 para 2.505 aprovados.
Inserção de Quilombolas nos Cursos de Medicina e Direito
Os cursos de Medicina e Direito, historicamente entre os mais concorridos no Brasil, também mostraram uma importante conquista para os quilombolas. Nos últimos dois anos, mais de 330 estudantes quilombolas foram aprovados nessas áreas. Isso é um reflexo de políticas públicas que buscam ampliar a diversidade e garantir uma representação mais justa na educação superior.
Remanejamento de Vagas e Reaproveitamento no Sisu 2025
Uma das novas iniciativas para garantir o acesso de mais estudantes cotistas ao ensino superior foi o remanejamento das vagas ociosas do Sisu. Em 2025, um total de 17.337 vagas foram remanejadas e reaproveitadas, o que corresponde a 6,6% do total de aprovados no sistema. Essa iniciativa aumentou em 7,4% a taxa de ocupação das vagas em comparação com 2024.
Impacto do Remanejamento na Inclusão de Cotistas
Com a aplicação desse remanejamento, o Sisu não apenas aumentou o número de vagas ocupadas, mas também garantiu que mais estudantes cotistas tivessem acesso a cursos de qualidade, especialmente nas universidades públicas, onde a concorrência por vagas é intensamente alta.
FIES Social: Garantindo o Acesso de Estudantes de Baixa Renda
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) tem sido outro aliado importante para garantir o acesso à educação superior de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Em 2024, o FIES Social beneficiou 19.759 estudantes de baixa renda, com ênfase em grupos como estudantes de escolas públicas, pessoas pretas e pardas (PPPs), quilombolas e pessoas com deficiência (PCDs).
Condições Especiais do FIES Social
O FIES Social oferece condições especiais para estudantes com renda familiar de até meio salário mínimo per capita e que estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O programa permite o financiamento de até 100% dos encargos educacionais, garantindo que estudantes de baixa renda tenham a oportunidade de cursar o ensino superior sem se preocupar com as altas mensalidades.
Programa Bolsa Permanência (PBP): Garantindo a Permanência no Ensino Superior
Outra iniciativa importante do Governo Federal foi a expansão do Programa Bolsa Permanência (PBP), que tem como objetivo garantir a permanência de estudantes indígenas, quilombolas e outros grupos em situação de vulnerabilidade em instituições de ensino superior. Em 2024, 100% dos estudantes indígenas e quilombolas que estavam na lista de espera para o programa foram beneficiados.
Expansão do PBP em 2025
Para 2025, o PBP prevê o atendimento de cerca de 25 mil alunos, com um investimento estimado de R$ 281,4 milhões. Esse aumento representa uma elevação de 31,3% em comparação com o valor investido em 2022, demonstrando o compromisso do Governo Federal em combater as desigualdades educacionais e promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados.
Futuro da Inclusão no Ensino Superior
Com o aumento de 124% na inclusão de cotistas no Sisu e outras iniciativas, como o remanejamento de vagas e a ampliação do PBP, o Brasil está dando passos importantes para uma educação superior mais inclusiva e diversa. Essas políticas públicas não só contribuem para a igualdade de oportunidades, mas também fortalecem o sistema educacional como um todo, tornando-o mais representativo e justo.
Como a Inclusão na Educação Superior Beneficia a Sociedade
A inclusão de cotistas no ensino superior tem um impacto direto na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Estudantes de diferentes origens socioeconômicas e étnicas trazem novas perspectivas para a academia, enriquecendo o debate e ampliando a troca de conhecimentos.
Além disso, ao garantir o acesso à educação de qualidade, essas políticas ajudam a romper o ciclo de pobreza e a desigualdade social, proporcionando melhores condições de vida para milhares de famílias.
Conclusão
O crescimento de 124% na aprovação de cotistas na ampla concorrência do Sisu 2025 é um marco importante na história da educação superior no Brasil. Ao promover o acesso de estudantes de diferentes grupos étnicos e sociais, o país está caminhando em direção a uma educação mais inclusiva e igualitária.
As iniciativas como o FIES Social e o Bolsa Permanência têm sido fundamentais para garantir que mais alunos de baixa renda tenham a chance de estudar em universidades públicas e privadas, contribuindo para uma sociedade mais justa e desenvolvida.
Imagem: Freepik e Canva