A contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é fundamental para garantir direitos como aposentadoria, pensão por morte e auxílio-doença. Porém, muitos trabalhadores acabam fazendo contribuições abaixo do valor mínimo exigido, o que pode comprometer seus direitos futuros. Em 2025, é importante estar atento a esses detalhes para evitar problemas. Neste artigo, vamos explicar os riscos de contribuir abaixo do mínimo, como identificar essa situação e o que fazer para corrigir o erro.
O que é a contribuição mínima ao INSS?
A contribuição ao INSS é um percentual sobre o salário do trabalhador, que serve para financiar os benefícios oferecidos pelo instituto. O valor mínimo de contribuição está atrelado ao salário mínimo vigente no país. Para que o trabalhador tenha direito aos benefícios do INSS, ele deve contribuir regularmente com um valor proporcional à sua renda, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo governo.
Para o ano de 2025, o valor mínimo da contribuição ao INSS corresponde a 20% do salário mínimo, que é a base para os segurados da classe baixa e autônomos. Isso significa que, se a pessoa trabalha por conta própria ou recebe um salário abaixo do mínimo, ela deve contribuir com o valor correspondente ao salário mínimo vigente, salvo exceções.
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A contribuição abaixo do mínimo
Quando uma pessoa realiza uma contribuição abaixo do mínimo estipulado pelo INSS, ela pode estar colocando em risco seus benefícios futuros. Isso ocorre porque os valores pagos ao longo da vida laboral são usados para calcular a aposentadoria, além de outros benefícios, como o auxílio-doença e a pensão por morte. Contribuir abaixo do mínimo pode reduzir significativamente o valor desses benefícios.
Quais são os riscos de contribuir abaixo do mínimo?
Contribuir abaixo do valor mínimo exigido pelo INSS pode ter várias consequências negativas para o trabalhador. Aqui estão alguns dos principais riscos:
1. Perda de direitos aos benefícios
Ao contribuir com valores abaixo do mínimo, o trabalhador pode ficar sem o direito a certos benefícios oferecidos pelo INSS. Como a aposentadoria é calculada com base nas contribuições feitas ao longo da vida, um valor abaixo do mínimo pode prejudicar o cálculo do valor final da aposentadoria, levando o segurado a ter um benefício menor do que o esperado.
2. Aposentadoria menor
A principal consequência de contribuir abaixo do mínimo é a aposentadoria reduzida. O INSS calcula a aposentadoria com base nas contribuições feitas durante a vida laboral. Contribuições abaixo do valor mínimo resultam em uma aposentadoria proporcionalmente mais baixa, o que pode afetar negativamente a qualidade de vida do aposentado no futuro.
3. Possibilidade de perda da qualidade de segurado
Em alguns casos, se a pessoa não contribui com o valor mínimo por um período prolongado, ela pode até mesmo perder a qualidade de segurado, o que significa que ela não poderá mais acessar benefícios como o auxílio-doença e a pensão por morte. A perda da qualidade de segurado pode ocorrer quando o trabalhador deixa de contribuir por mais de 12 meses seguidos, o que compromete seus direitos.
4. Dificuldade em conseguir corrigir o erro
Embora seja possível corrigir as contribuições abaixo do mínimo, esse processo pode ser burocrático e exigir o pagamento retroativo das diferenças. Quanto mais tempo o trabalhador ficar contribuindo com valores abaixo do mínimo, mais difícil será corrigir a situação e garantir que seus direitos sejam preservados.
Como corrigir a contribuição abaixo do mínimo?
Se você percebeu que está contribuindo abaixo do valor mínimo exigido pelo INSS, é fundamental corrigir essa situação o quanto antes. Existem algumas formas de corrigir o erro, e é importante agir rapidamente para evitar prejuízos futuros.
1. Regularize as contribuições atrasadas
O primeiro passo para corrigir a contribuição abaixo do mínimo é regularizar as contribuições atrasadas. Se você está fazendo contribuições com valores inferiores ao mínimo estabelecido, entre em contato com a Receita Federal ou o INSS para regularizar sua situação. Você pode pagar as diferenças das contribuições retroativamente, garantindo que seus direitos sejam preservados.
2. Recalcule os valores de contribuição
O INSS permite que você recalcule as contribuições feitas em atraso. Para isso, é necessário acessar o site da Receita Federal ou procurar um posto de atendimento do INSS para orientações sobre como proceder. O valor das contribuições atrasadas será calculado com base no salário mínimo e nas alíquotas aplicáveis no período em questão.
3. Ajuste o valor da contribuição
Se você está contribuindo como trabalhador autônomo ou facultativo, ajuste o valor da sua contribuição para o mínimo exigido. Caso você seja um empregado com carteira assinada, a contribuição é feita diretamente pela empresa e o valor já estará correto, conforme o salário pago.
4. Consulte um contador ou advogado especializado
Caso tenha dificuldades para corrigir suas contribuições, considere consultar um contador ou advogado especializado em direito previdenciário. Eles podem orientá-lo sobre como regularizar sua situação de forma mais eficiente e sem prejuízos.
5. Fique atento às atualizações do INSS
O INSS está constantemente atualizando suas normas e regulamentações. É importante que o trabalhador esteja atento às atualizações sobre a contribuição ao INSS para evitar surpresas no futuro. Em 2025, o INSS deve continuar monitorando as contribuições, e qualquer erro poderá ser corrigido, mas é sempre melhor agir o quanto antes para garantir seus direitos.
Como evitar problemas futuros com a contribuição ao INSS?

Agora que você entendeu os riscos de contribuir abaixo do mínimo e como corrigir essa situação, é importante saber como evitar que esse problema aconteça no futuro. Aqui estão algumas dicas para garantir que você continue cumprindo com suas obrigações previdenciárias corretamente:
1. Faça uma contribuição mensal
Sempre que possível, realize sua contribuição ao INSS de forma regular e mensal. Isso garantirá que você esteja contribuindo o valor mínimo necessário e evitará surpresas no futuro. Caso seja autônomo, você pode fazer esse pagamento diretamente ao INSS por meio do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
2. Verifique o valor da contribuição
Verifique regularmente o valor das suas contribuições e se o valor está de acordo com o salário mínimo. Caso tenha algum erro, regularize a situação o mais rápido possível. Lembre-se de que o valor mínimo de contribuição é fixado com base no salário mínimo do país, e deve ser ajustado anualmente.
3. Use o sistema de pagamento online
O INSS oferece várias formas de pagamento online para facilitar o processo de contribuição, como o pagamento por meio do aplicativo do INSS ou por meio do portal Meu INSS. Use essas ferramentas para garantir que suas contribuições sejam feitas corretamente e de forma contínua.
Conclusão
Contribuir corretamente ao INSS é essencial para garantir seus direitos previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte. Contribuições abaixo do valor mínimo podem resultar em aposentadoria reduzida, perda de direitos e dificuldades para corrigir o erro. Portanto, é fundamental estar atento ao valor da sua contribuição e corrigir qualquer erro o quanto antes. Se necessário, busque orientação de profissionais especializados para garantir que sua situação seja regularizada e seus direitos preservados.