O auxílio-doença é um benefício pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a trabalhadores que ficam temporariamente incapazes de realizar suas funções devido a uma doença ou acidente. Para garantir que o benefício seja concedido de forma rápida e eficiente, é fundamental que o trabalhador apresente um laudo médico completo e preciso.
No entanto, muitas pessoas enfrentam dificuldades durante a solicitação do auxílio-doença devido à falta de informações importantes no laudo médico. O INSS exige dados específicos que devem ser fornecidos pelo médico, e a ausência dessas informações pode atrasar a análise do benefício ou até mesmo resultar na negativa do pedido.
Neste artigo, vamos abordar as sete informações essenciais que não podem faltar no laudo médico para garantir a aprovação do auxílio-doença no INSS.
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1. Diagnóstico da Doença ou Condição
A primeira e mais importante informação que o laudo médico deve conter é o diagnóstico preciso da condição de saúde do paciente. O médico deve especificar qual é a doença, lesão ou condição que está impedindo o trabalhador de exercer suas funções. O diagnóstico deve ser claro e detalhado, incluindo o nome da doença, o CID (Código Internacional de Doenças) e, se necessário, informações sobre a gravidade ou evolução da doença.
Como deve ser o diagnóstico?
O médico deve registrar o nome completo da doença, incluindo o CID, que é uma classificação internacional utilizada para identificar doenças e condições de saúde. O diagnóstico deve ser feito com base em exames médicos e avaliações clínicas. É importante que o diagnóstico seja claro e que as informações sejam fornecidas de maneira que o INSS consiga entender a gravidade da condição.
2. Código Internacional de Doenças (CID)
O CID é uma parte essencial do laudo médico e deve ser incluído em qualquer solicitação de benefício junto ao INSS. O CID é utilizado internacionalmente para classificar doenças e garantir que o diagnóstico do paciente seja compreendido em termos médicos universais.
Por que o CID é importante?
A inclusão do CID no laudo médico ajuda a uniformizar o processo de análise e facilita o entendimento da doença pelo INSS. Sem o CID, o órgão pode ter dificuldades em verificar a natureza da doença e, por consequência, pode atrasar o processo de aprovação do benefício. Portanto, certifique-se de que o médico forneça o código correto.
3. Período de Incapacidade
Outro detalhe crucial que deve constar no laudo médico é o período de incapacidade do trabalhador. O médico precisa informar por quanto tempo o paciente está ou ficará incapaz de exercer suas atividades laborais. Isso é fundamental para o INSS avaliar a duração do benefício e determinar se ele será concedido de forma temporária ou por tempo indeterminado.
Como o período de incapacidade é determinado?
O médico avalia a condição do paciente e determina, com base no quadro clínico, qual o tempo estimado em que o trabalhador ficará incapacitado. Esse período pode ser alterado caso haja necessidade de novos tratamentos ou se a condição do paciente evoluir para melhor ou pior. O médico pode precisar atualizar o laudo caso o período de incapacidade se estenda.
4. Evolução do Quadro Clínico
É importante que o médico forneça informações sobre a evolução do quadro clínico do paciente. Isso inclui detalhes sobre como a doença ou condição tem se desenvolvido ao longo do tempo, se há piora, estabilização ou melhora no quadro. Além disso, é fundamental que o médico explique se houve alguma mudança significativa no tratamento ou nos sintomas do paciente.
O que deve ser incluído sobre a evolução?
O médico deve descrever claramente o histórico de evolução da doença e os tratamentos realizados. Esse histórico ajudará o INSS a compreender a condição do paciente e a tomar decisões mais precisas durante o processo de análise do benefício.
5. Incapacidade Temporária para o Trabalho
A principal condição para a concessão do auxílio-doença é a incapacidade temporária para o trabalho. O médico deve detalhar se a condição do paciente realmente o impede de trabalhar. O laudo deve indicar claramente que o trabalhador não pode desempenhar suas funções devido à doença ou lesão. Isso inclui a impossibilidade de realizar atividades específicas ou até mesmo a impossibilidade de realizar qualquer trabalho.
Como comprovar a incapacidade temporária?
O médico deve descrever as limitações do paciente e justificar por que essas limitações o tornam incapaz de exercer suas funções. Isso pode incluir limitações físicas, mentais ou outras condições que dificultam ou impossibilitam o desempenho das atividades laborais.
6. Tratamentos Realizados e Medicamentos Utilizados
No laudo médico, também é essencial que o médico forneça detalhes sobre os tratamentos realizados e os medicamentos utilizados pelo paciente. Isso inclui terapias, consultas médicas, cirurgias, exames, e qualquer outro procedimento realizado para tratar a doença ou condição.
Por que os tratamentos e medicamentos são importantes?
Essas informações ajudam a comprovar que o paciente está buscando tratamento adequado para sua condição e que está seguindo as orientações médicas. O INSS quer garantir que o trabalhador esteja fazendo todo o possível para se recuperar e retomar suas atividades profissionais.
7. Assinatura e CRM do Médico
Por fim, o laudo médico deve ser assinado pelo médico responsável, que deve também incluir seu número de CRM (Conselho Regional de Medicina). Isso garante a autenticidade do documento e a responsabilidade do médico pela avaliação realizada.
Por que a assinatura e CRM são essenciais?

A assinatura do médico e o número de registro no CRM são necessários para garantir que o laudo foi emitido por um profissional qualificado. Além disso, o número de CRM permite ao INSS verificar a idoneidade do médico e assegurar que o laudo não seja de uma fonte inválida.
Como garantir que o laudo médico seja aprovado?
Para garantir que o laudo médico seja aceito pelo INSS e que o auxílio-doença seja aprovado, é fundamental que o médico siga essas orientações e forneça todas as informações necessárias de maneira clara e precisa. Certifique-se de que o médico tenha um bom conhecimento sobre os requisitos exigidos pelo INSS e forneça os documentos de apoio necessários.
Conclusão
Obter o auxílio-doença do INSS pode ser um processo complicado se o laudo médico não estiver completo e correto. Seguir as orientações mencionadas neste artigo é essencial para garantir que a solicitação seja aprovada sem contratempos. O diagnóstico claro, a inclusão do CID, a descrição detalhada do período de incapacidade e outros elementos mencionados no laudo são fundamentais para o sucesso da solicitação.
Lembre-se de que o laudo médico é um documento crucial para comprovar sua incapacidade de trabalho e garantir o recebimento do benefício. Por isso, é fundamental que você forneça ao médico todas as informações necessárias e siga as orientações para que a documentação seja enviada ao INSS de forma adequada e sem falhas.